04 dezembro 2010

Paixão rima com marketing esportivo

Este post não é sobre futebol. É sobre paixão. Mas se você prefere ver por um lado técnico, pode encarar as próximas linhas como uma aula de marketing esportivo.

Para quem não sabe, o Internacional, de Porto Alegre, embarca na próxima quarta-feira, 08, para Abu-Dhabi, onde tentará conquistar o BiCampeonato Mundial Interclubes da FIFA.

E já virou tradição colorada perpetuar suas conquistas com belos e épicos filmes documentários. Foi assim no Mundial de 2006, na Copa Dubai em 2007, e, mais recentemente, no Centenário do Inter, com o emocionante Nada Vai nos Separar.

Agora, às vésperas do embarque para as arábias, o Inter, mais uma vez, mobiliza a alma colorada com um filme de arrepiar. E uma iniciativa de marketing de fazer inveja.


Na véspera do embarque, o Inter promoverá, no Gigante da Beira-Rio, a pré-estréia do filme Absoluto – Inter Bicampeão da América. A proposta é realizar a maior apresentação de cinema do mundo. A torcida vai lotar o Gigante, assistindo ao filme em um telão especial de 120 metros quadrados e projeção digital de alta tecnologia.

Os jogadores, que embarcam para Abu-Dhabi no dia seguinte estarão lá, respirando a conquista, incorporando a garra colorada em seu DNA, entupindo os poros com o suor vermelho de tantas lutas e conquistas.

Estarão lá, também, ídolos do passado distribuindo nostalgia e autógrafos. Galeria de fotos, venda de livros colorados, e feira de licenciados.

O marketing rubro transforma uma despedida para uma viagem em evento histórico e eletrizante. Uma despedida de cinema, como promete o cartaz do espetáculo.

Como reza o hino riograndense, “sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra!”.

03 novembro 2010

Mistura tudo aí!



Vou começar o post falando de propaganda, afinal este sempre foi o assunto central deste blog. E, por falar em propaganda, diga aí: qual a última vez que você viu um comercial genial no ar? Tudo bem, para facilitar, vale citar anúncio de jornal ou revista. Só não vale aqueles anúncios fantasmas da Archive.

Talvez você cite um ou outro comercial do Itaú, Renner ou de uma cerveja qualquer. Produção impecável, trilha idem. Mas e a ideia? É genial mesmo?

Se você não lembra nada assim tão criativo, empatou comigo. Eu não lembro e, pior, não tenho feito nada parecido. A propaganda brasileira está em crise. E o mais curioso é que isso acontece em um momento em que os investimentos publicitários aumentam.

De quem será a culpa? Criativos? Atendimento? Donos de agências? Clientes?
A culpa é geral. Total. Universal. Eu já li explicações de que as coisas estão assim, ideias acomodadas na vala comum, por que este é um ano eleitoral. Então tá. Vamos esperar que a presidente (ou presidenta, os dois termos são válidos, mas o primeiro confere mais pompa ao cargo) resolva tudo a partir de primeiro de janeiro, e ela mesma trate de criar uns comerciais mais legais. Por que nós, publicitários, não sabemos mais como se faz.

Falando nisso, entramos no segundo assunto do post: a política. Um aluno lá da Estácio, o Jefferson Borba, tuitou um dia desses que não se pode esperar muito de um povo que precisa de uma lei que o impeça de votar em bandidos. Nem preciso falar mais. Mas vou falar.

Deu Dilma, já era previsível pelas pesquisas e por todo o apoio do Lula. Aliás, o presidente foi multado várias vezes durante a campanha. Dá para acreditar em um país onde o presidente é multado por que não cumpre a lei? Nem preciso falar mais. Mas vou falar.

Acho que faltou mais garra na campanha do Serra. O Daniel Passarela, quando era técnico da seleção argentina disse a seus jogadores: “Hay que tener gana de glória”. Senti falta de brilho nos olhos do Serra. Senti falta de palavras fortes, de indignação, de entonação. Tudo aquilo que a gente exige do locutor quando grava um spot que vende emoção.

Agora é Dilma. Eu tentei fazer a minha parte. Faltou a parte dos meus irmãos do norte e nordeste. Mas muitos deles são assalariados do bolsa-família. E isso já é outro assunto.

Falando em assunto, vou mudar o foco. Agora, vou falar de futebol. Quem não gosta, pode mudar de canal.

Espere! Decidi não falar de futebol. Os interessados nesse assunto podem acessar meu outro blog, no Pontape.net

08 outubro 2010

Mergulhado na política

Como você deve ter percebido, este blog ficou entregue às moscas durante um longo período. A razão é uma só: absoluta falta de tempo. Em meados de julho, fui convidado a trabalhar em uma campanha política, para governador de Santa Catarina, coordenando o conteúdo da internet. Quem já trabalhou em campanhas politicas sabe que, geralmente, trata-se de um convite irrecusável por muitos motivos. Foi o caso.

Porém, para aceitá-lo, tive que me desligar da Univali, onde ministrava uma disciplina. E também tive que abrir mão de uma turma da Estácio de Sá. E também fui obrigado a me afastar momentaneamente da DBS. Reviravolta total na rotina.

Se valeu a pena? Acho que sim. Foram dois meses pensando e discutindo política, acompanhando portais de notícias, jornais, blogs, twitters e comunidades na web. O raciocínio criativo na política é completamente diferente do pensamento publicitário. É sempre um bom exercício. Nem sempre uma ideia criativa é a melhor solução. Tudo tem seu aspecto político, que deve ser muito bem analisado.

Na dúvida, não ultrapasse. Esta é a lei numa campanha política. Não corra riscos, principalmente se o seu candidato está na frente, ou caminha para a liderança. Uma frase em falso e podem cair alguns pontos na pesquisa. Uma foto mal escolhida e lá se vão algumas centenas de eleitores.

Ficamos em estado de alerta 24 horas por dia, 7 dias por semana, durante dois meses. Mas valeu! E não apenas por que nosso candidato - ou cliente? - ganhou. Valeu, principalmente, por ter aprendido bastante. E, acredite, aprender é a experiência mais rica que existe.

31 agosto 2010

Eu só queria comprar um shampoo


Isso mesmo. Eu só queria comprar um shampoo e perdi exatos 6 minutos na frente da gôndola do supermercado. Andando de um lado para o outro. Olhando um a um. Examinando um a um. Lendo o rótulo de um a um.

Em outros tempos era bem mais fácil. Lembro que havia apenas shampoo para cabelos secos, oleosos ou normais. Cabelos normais, esse é o problema de hoje em dia. Onde estão os shampoos para cabelos normais? No sábado, eu só queria comprar shampoo para cabelos normais.

E encontrei shampoo disciplinador, shampoo anti-esponjante, shampoo para cachos molhados, shampoo para lisos perfeitos, shampoo sem sal, shampoo para cabelos tingidos, shampoo para isso, shampoo para aquilo e shampoo para não sei mais o quê.

O tempo passando, e eu ali, em frente à gôndola, quase arrancando meus humildes cabelos normais. Confesso que já estava um pouco envergonhado, afinal em plano 2010 eu ainda tenho cabelos, simplesmente, normais.

Tenho culpa se meu couro cabeludo se manteve no século XX? Tenho culpa se meus cabelos não são esponjantes? Ah, que saudade do tempo em que se “lavava a cabeça” com sabão de coco. Era tudo mais simples, até o marketing.

27 agosto 2010

Marcas, candidatos e redes sociais

Em época de campanhas eleitorais, volta com força o assunto Redes Sociais. Todos os candidatos majoritários estão lá, seja em níveis estaduais ou mesmo federal. Blogs, Twitters, Flickrs, Orkuts, Facebooks, Canais no Youtube e redes Nings são as ferramentas preferidas.Alguns utilizam com boas estratégias, usando a linguagem de cada ferramenta. Outros, nem tanto.

Não é de hoje que as redes sociais são apontadas como uma tendência complementar para ações empresariais. Na verdade, uma tendência que se transforma cada vez mais em realidade. O consumidor, ou eleitor, já está lá como prova o Instituto Nielsen, que revelou que 86% dos usuários de internet utilizam as redes sociais.

Hoje em dia, ter um perfil no Twitter, Facebook ou Linkedin já deixou de ser um passatempo. A coisa ficou séria, profissional. Marcas famosas, e outras nem tanto, estão experimentando este relacionamento virtual. As redes sociais aproximam as marcas de seus consumidores, os candidatos de seus eleitores. As redes sociais humanizam a empresa, e deixam os candidatos com jeito e sentimento de pessoas como a gente.

São vias de mão dupla. Se por um lado as pessoas podem falar, opinar, sugerir ou queimar o filme de alguma marca ou candidato, por outro lado estes podem usar as redes sociais como um grande observatório da realidade.As redes assumem a função de ferramentas de consultoria, afinal trazem para a empresa/candidato a opinião sincera das pessoas. E nada melhor do que ouvir o nosso cliente.

As pessoas estão ávidas por relacionamento transparentes, querem opinar, querem e ser ouvidas. Elas querem compartilhar sentimentos e experiências. E as redes sociais entram nessa como uma luva. One-to-one. Cara a cara. Fala que eu te escuto!

Mas a grande questão é: antes de qualquer ação é preciso definir o objetivo. Afinal, o quê se busca? O quê se quer? Qual o resultado pretendido? Pois é, não basta fazer. Tem que planejar. Simples assim.

01 agosto 2010

Eu quero ler, mas eles não deixam


Esta frase do título é real e ouvi de um cidadão comum (aquela espécie humana que não é publicitário) no momento em que ele tentava ler um anúncio.

O “eles” da frase se referia, claro, aos publicitários.

Agora, a minha contribuição: o Eloy Simões tem razão, os redatores estão mesmo sendo maltratados pelos diretores de arte. Ou melhor, os textos estão sendo maltratados.

Um dia desses, vi um bom título em um outdoor sobre doação de órgãos. Mas o subtítulo, que trazia o mote da campanha, era completamente invisível. Isso mesmo, invisível. Somente na terceira vez em que passei em frente ao outdoor pude notar que havia uma frase a mais. Consegui ler a tal frase na quinta vez em que passei por ali.

Estão sacrificando a leitura do texto em prol do equilíbrio do layout. Estão diagramando frases e textos sem uma leitura prévia. Corpo 8 já é considerado um luxo. O texto está pequeno? Deixa eu dar um zoom e você verá que está bom.

O problema é que o consumidor não tem a ferramenta de zoom. O problema é que as pessoas não compram uma revista para olhar os anúncios. O problema é que as pessoas não ficam procurando outdoors pelas ruas.

Já é muito difícil atrair a atenção das pessoas para os nossos anúncios. Já é muito difícil fazer com que elas leiam nossas mensagens comerciais. E nós, os publicitários, ainda dificultamos tudo, colocando textos ilegíveis.

Por isso, eu falo tanto sobre a ditadura do visual em sala de aula.

17 julho 2010

Uma crônica atrasada da Copa.


Esta Copa do Mundo fez lembrar a minha pré-adolescência. Turma reunida na esquina lá na Zona Norte de Porto Alegre, alguns calçando tênis barato, outros de pés descalços. Mas todos com um só pensamento e uma grande vontade: jogar futebol.

Naquela época ainda jogávamos no meio da rua, uma rua com paralelepípedos irregulares e recém colocados. Pode-se dizer que não era o piso ideal para uma bola rolar. Muito menos para solas de pés descalços.

Tínhamos disposição e jogadores em número suficiente para dois ou mais times. Mas nem sempre tínhamos a bola. E não éramos exigentes, qualquer bola servia. De couro muito gasto pelo constante atrito com as pedras, de borracha ou mesmo de plástico. Cheias ou furadas. Aquelas bolas coloridas de plásticos quando furavam ficavam ovais, e reagiam com desobediência aos nossos passes ou chutes. Mas não importava. Eram bolas. Necessárias e indispensáveis bolas.

O problema é que, de vez em quando, nem estas bolas velhas e furadas nós tínhamos. E sem bola, não adianta a vontade, não adianta a disposição, não adianta nem o talento. Sem bola não se consegue jogar futebol.

Talvez tenha sido esta a filosofia de jogo da seleção da Espanha, a campeã da Copa da África. Uma estratégia básica: ficar com a posse da bola o maior tempo possível. Trocar passes sem pressa, sem erros. Porque, sem a bola, o outro time não consegue jogar. Simples assim.

11 julho 2010

As coincidências da vida.


Na semana passada, morreu Ezequiel Neves. O Zeca Jagger. Um célebre desconhecido para a geração 2.0. Mas um nome e uma alcunha que significam música e loucura para quem viveu pelo menos metade da vida irremediavelmente unplugged.

Ezequiel, para quem não sabe, era jornalista sem nunca ter sido. Feroz crítico de música, incansável produtor musical, alucinado amigo e mentor do Barão Vermelho e de Cazuza.

Você já deve ter ouvido falar de Cazuza. Já deve ter ouvido pelo menos uma das suas tantas músicas geniais. Cazuza marcou uma geração do rock nacional. Mais do que isso, marcou para sempre a música brasileira.

Semana passada, completou-se 20 anos desde a morte precoce, mas sempre perigosamente perseguida, de Cazuza. O poeta flertava com a morte, levando sua vida na mesma batida louca de suas canções. Exagerado, ele era mesmo exagerado.

E, por essas coincidências que insistem em nos visitar, o criador Ezequiel Neves morreu exatamente no mesmo dia em que todos lembravam os 20 anos da morte de sua mais genial criatura.

A foto de Cazuza está aqui na minha frente, debochadamente rindo de tudo isso.

A vida brinca com a gente.

05 junho 2010

Sequelas.

Quinta-feira. Feriado. Sol. Grama alta. Tudo perfeito para botar a máquina de cortar grama pra funcionar. Quer dizer, quase perfeito. Não fosse uma minúscula e despercebida vespa escolher minha mão esquerda para depositar seu veneno.

Não foi a primeira vez que isso aconteceu. Lembro de uma, no verão de 2009, que pousou em meu lábio e o deixou maior que celebridade decadente com excesso de botox.

Mas desta vez foi diferente. A dor foi igual, mas as conseqüências muito piores. Poucos minutos depois da picada na mão, senti o rosto formigando. Também as pernas, as solas dos pés. O corpo começou a esquentar. Coceira generalizada.

Mas se fosse somente coceira, um banho resolveria. E não era. Uma leve tonteira. Deitei no sofá. A Lua sempre perto de mim. Não me largava. Levantei, com a Lua colada. Fui para o pátio de novo. Caminhei de um lado para o outro. Sensação estranha. Um pouco de medo, sem saber o que estava acontecendo.

Resolvi ligar para a Graça, que tinha saído de carro. Pedi para trazer um antialérgico qualquer. Ela estava no mercado, pertinho, aqui nos Ingleses. Veio correndo, não com um antialérgico, mas com o firme propósito de me levar para uma clínica médica.

A Laitano fica a uns 5 minutos de casa, de carro. Fui de carona, completamente cego. Já não via mais nada, tudo branco. Cegueira branca, como escreveu Saramagno.

Cheguei na clínica. Caminhei apoiado até a entrada. Não consegui tirar o cartão da Unimed da carteira. Lembro que me deixaram entrar direto para o atendimento.

Não lembro de muita coisa que aconteceu depois. Disseram que desmaiei duas vezes. Que caí no chão. Lembro de algo como me sentir saindo do corpo. De sentir uma leveza.

Lembro de abrir os olhos e o médico perguntar meu nome. Perguntar onde eu estava, e ele mesmo responder: você está no céu. Disse isso e sorriu, com uma cara de preocupado.

Colocaram em mim uma máscara de oxigênio. Ligaram fios no meu corpo. Deitado, enxergava o monitor do aparelho sobre a minha cabeça. Números e linhas sinuosas.

O médico tirou o aparelho de oxigênio e resolveu ele mesmo usar uma bomba manual. Continuou por alguns minutos assim, bombeando ar para os meus pulmões. Senti uma agulha, era injeção de adrenalina. Senti outra agulha, agora no braço. Soro e Fenergan.

Aos poucos comecei a raciocinar. E guardo as palavras, agora de um médico mais tranquilo: desta você escapou, mas foi questão de minutos. O choque anafilático, pela alergia à picada de vespa, foi poderoso.

Aquela vespa minúscula e anônima deixou como sequela uma certeza: na vida não existem problemas, se há vida.

30 maio 2010

Gibis e Indios no Cinema


Sou do tempo de ir à matiné para trocar gibis. Todo domingo era a mesma rotina: íamos ao cinema equilibrando nos braços uma pilha de gibis.

Na tela, sempre um bang-bang. Lembro do Ringo, um mocinho com cara de mau. Dava um tiro e matava dois ou três índios. Naquele tempo ainda não existia o politicamente correto, e os mocinhos matavam índios.

Quando a coisa ficava preta para o lado do mocinho, sempre surgia a cavalaria no alto do desfiladeiro. E a gente acompanhava o tropel de cavalos batendo com os pés no chão velho do cinema Rosário, lá em Porto Alegre.

Terminado o filme, havia um intervalo que durava o tempo necessário para a gente fazer as trocas de gibis. Era preciso ter o máximo de cuidado para não voltar para casa com um gibi faltando páginas. Geralmente as páginas centrais.

Um almanaque valia dois ou três gibis normais. Também havia os mais valiosos, como os primeiros do SuperHomem. Mas quem tinha não trocava por nada.

Três gongos e recomeçava a sessão, com mais um filme. Mas a tarde já estava ganha, ou melhor, a semana toda. Muita leitura pela frente, pelo menos até o próximo domingo quando a gente voltaria ao cinema para trocar tudo de novo.

09 maio 2010

Idiomas e crases


Dia desses, passei em frente a um grande e famoso curso de idiomas, ali no Santa Mônica, Floripa. No portão de entrada, estava uma placa que se destacava: "Bem-vindos a maior rede de ensino de idiomas do mundo."
Não foi possível conter o sorriso. Não pela hipérbole que a promessa continha. Nada disso. Mas achei engraçado justamente o que a frase não tinha.

Aquela placa falava da maior rede de ensino de idiomas do planeta! Quer dizer, os caras conhecem e ensinam francês, espanhol, inglês, alemão e, sabe-se lá, talvez até o javanês.

Sabem e ensinam todos os idiomas, menos o português. Se soubessem, teriam utilizado a crase que se faz necessária na frase.


30 abril 2010

Rotina mutante


Criar campanha. Atender cliente. Falar com produtora. Criar anúncio. Escrever roteiro. Atender cliente. Prospectar cliente. Ajustar campanha. Dar aula. Perder prospecção. Refazer anúncio. Revisar texto. Receber fotógrafo. Corrigir prova. Analisar currículos. Esquecer de almoçar. Acordar cedo. Criar banner. Dormir tarde. Ver o Inter perder de novo. Ler um pouco. Criar anúncio. Ver o Avaí ganhar de novo. Criar anúncio. Aprovar campanha. Criar folheto. Atender cliente. Acompanhar edição. Conquistar novo cliente. Tentar administrar o tempo.

26 março 2010

Um site pra soltar o verbo

Hoje, vou dar uma dica pra quem gosta de escrever. O PSV – Portfolio Sem Vergonha é uma rede social que disponibiliza briefings variados e muito completos a fim de incentivar e ajudar os aspirantes a redação e direção de arte a montarem seu portfólio. Já são mais de 1.200 cadastrados entre estudantes de comunicação, estagiários e profissionais, que participam dos desafios e mandam suas peças para o júri avaliar.

Mas a novidade é o
PSV-Crônicas, uma espécie de braço textual do Portfólio Sem Vergonha. A ideia é proporcionar o ponto de partida para a elaboração de textos dentro de um prazo determinado. Os textos recebidos serão respeitados e publicados no Crônicas, onde profissionais capacitados irão escolher o vencedor através dos quesitos: original, interessante, imaginativo e, obviamente, que obedeça as regras gramaticais.

E o primeiro desafio já começou. Confira lá no
site o tema escolhido, envie seu texto e participe dessa disputa literária. É pra soltar o verbo.

12 março 2010

Quem quer estágio?

Hoje o FalaPalermo assume um caráter head hunter e publica uma vaga de estágio na Knowtec, uma bela empresa que atua em parceria com a Talk e o IEA.

Se você se enquadra nas características abaixo, e confia no seu talento, vale a pena. Ainda não conheço empresa que se preocupe tanto com recursos humanos e qualidade de vida no trabalho.

Veja:

A Knowtec Florianópolis, empresa especializada em Inteligência Competitiva e atuando há 9 anos no mercado seleciona:

01 Estagiário para a área de Comunicação Corporativa

Requisitos:
*Graduando a partir da 5ª fase em Publicidade e Propaganda, Jornalismo, Marketing ou Administração;
*Conhecimento de comunicação interna/empresarial;
*Conhecimentos em Corel ou Photoshop;
*Relacionamento em redes sociais (Flickr, Twitter, Orkut, Facebook, Youtube);
*Experiência com plataformas de blog (Blogger, Wordpress);
*Boa capacidade de comunicação;
*Pacote Office e boa navegação;
*Boa redação;

Atividades:
*Criação de peças para serem utilizadas na comunicação interna;
*Auxiliar no desenvolvimento de estratégias e conteúdos de comunicação, visando disseminar informações para os colaboradores e demais parceiros, com o objetivo de implantar uma comunicação integrada, que contribua para o fortalecimento da cultura interna e da identidade corporativa.

Carga Horária: 20 horas semanais
Bolsa: R$ 697,50 Seguro de Vida, Recesso Remunerado, Vale Transporte

Interessados: danielle.alves@knowtec.com

08 março 2010

Emoções

Fique tranquilo, não se trata de mais um especial do Rei, e sim de um final de semana repleto de emoções. E das fortes.
Acho que passei por um bom teste cardíaco, provocando ao extremo a capacidade do bom e velho coração.

Pra quem não sabe, no último sábado foi a formatura de mais uma turma de publicidade das Estácio de Sá Santa Catarina. Uma turma muito especial.

E eu fui o Paraninfo. E entre os alunos estava a Dani, minha filha.

Após pausas estratégicas e goles salvadores de água, consegui chegar ao final do discurso. Eu gostei. Ela gostou. Muita gente se emocionou.

Aos novos publicitários, mais umas palavrinhas: vocês são incríveis. Vocês serão inesquecíveis.

24 fevereiro 2010

Onde estão as ideias?

Vale a pena repercurtir a aula de hoje. Foi na Estácio, turma da quinta fase, disciplina de Redação Publicitária III. O assunto: de onde saem as ideias que geram roteiros geniais.

O papo foi bom, eu gostei. Chegamos à conclusão de que as grandes ideias nascem lá fora, nas ruas, nas casas, nos ônibus, em elevadores cheios. Cheios de gente, de pessoas. Isso mesmo, as grandes ideias nascem das vidas das pessoas.

Por isso é importante sair, olhar, observar a vida. Sim, é difícil acreditar, mas existe vida além do umbigo do publicitário.

Será coincidência que as grandes ideias sejam tão simples e mostrem pedaços da vida? Que brinquem com situações do cotidiano? Que as pessoas se identifiquem com elas?

Então, se você está começando na profissão, ou tem um briefing pra resolver na faculdade, pare de olhar para a tela em branco do Word. Saia pra rua. Converse com o porteiro do prédio, passe na padaria e peça um café, escute a conversa das pessoas, pegue um ônibus com os ouvidos alertas. Viva!

Geralmente as soluções estão lá no público-alvo. Nas suas vidas, nos seus comportamentos. Nas suas necessidades. Nos seus sonhos.

Pode parecer brincadeira, mas quem cria os melhores comerciais são os próprios consumidores.

08 fevereiro 2010

Quando a família aumenta



É uma alegria quando a família aumenta.

É uma alegria quando a gente pensa que tem um cachorro abandonado a menos nas ruas de Floripa – e, especialmente, nos Ingleses.

É uma alegria quando a gente pensa que este cachorro a menos nas ruas tem apenas 2 meses de idade. E, mais, é uma cachorinha.

Agora, imagine uma alegria multiplicada, quando a gente junta essas pequenas – e tão grandes – alegrias.

Pois é, esta aí da foto é a Nina. Ganhou nome e uma família no sábado passado, quando veio morar junto com a Lua e a Belinha, lá na Palermolândia, nos Ingleses.

Menos um cachorro nas ruas. Mais um latido feliz pra me receber todos os finais de dia no portão de casa.

Enquanto nosso re-eleito prefeito afirma que não temos cachorros abandonados em Floripa, a gente pode ficar tentando resolver este problemão, fazendo o que a Prefeitura não faz: tirando os cachorros das ruas.

26 janeiro 2010

Pensar para criar

Em novembro de 2008, escrevi um post aqui que terminava assim: “a palavra pensada é mais certeira, vai direto ao coração”.

Por que reeditei esta frase? Porque o tempo passou, mas ela continua valendo.

Por exemplo, estou criando um conceito para um cliente. Hoje, extraordinariamente, trabalho em casa. Estava com o Word aberto em uma maldita e desafiadora página em branco há exatas duas horas. Nem uma palavra escrita, nem uma mísera sílaba.

Os olhos fixos no branco luminoso da tela. Minha cabeça viajando pela história do cliente, pela missão da empresa, pelos objetivos de comunicação, pelo público-alvo, e seus sonhos e suas angústias.

No Word, ainda nenhuma palavra. Mas na cabeça, discursos inteiros com direito a exórdio, narração provas e tals. Levantei pra tomar uma água. Na volta passei por um espelho. Olhei meu reflexo. Sorri pra mim, até para desfazer a cara de preocupação que eu vestia.

O sorriso no espelho foi a luz salvadora. O click que faltava para alinhar todas as palavras mentais e começar a despejá-las, letra por letra, concretizando-as por meio do teclado.

O resultado foi um conceito simples, que, ironicamente, para os desavisados pode parecer a primeira ideia, tamanha ingenuidade e simplicidade do raciocínio. É destes conceitos que eu gosto. São estes que eu persigo. E raramente alcanço.

Pensar muito ainda é a melhor maneira de escrever pouco. Só o essencial. Simples assim. Assustadoramente simples assim.

25 janeiro 2010

O desafio da internet

Não. Este blog não morreu. Apenas resolvi dedicar os dias iniciais do ano a dois projetos diferentes: dez dias de folga total e mais dez dias dedicados ao livro sobre propaganda que estou tentando escrever.

Resultado: hoje já é 25 de janeiro. E este recém é o primeiro post de 2010.

Enquanto isso, na DBS, entramos em 2010 com muito otimismo. Em fevereiro vamos lançar um novo produto da agência: a gestão da comunicação de marcas nas redes sociais. E já começaremos atendendo a duas belas marcas.

Diante dos desafios deste projeto, só posso reconhecer que os dois anos de trabalho na Talk Interactive foram um grande aprendizado.

A internet e suas múltiplas possibilidades tem se mostrado realmente fantástica. Há muito a web deixou de ser um canal elitista, apresentando uma penetração considerável também nas classes C e D. Neste ponto, as lan houses, mal vistas por muita gente, cumprem um importante papel de inclusão digital da população brasileira.

Voltarei a este assunto.