04 dezembro 2010
Paixão rima com marketing esportivo
03 novembro 2010
Mistura tudo aí!
08 outubro 2010
Mergulhado na política
31 agosto 2010
Eu só queria comprar um shampoo
27 agosto 2010
Marcas, candidatos e redes sociais
01 agosto 2010
Eu quero ler, mas eles não deixam
Esta frase do título é real e ouvi de um cidadão comum (aquela espécie humana que não é publicitário) no momento em que ele tentava ler um anúncio.
O “eles” da frase se referia, claro, aos publicitários.
Agora, a minha contribuição: o Eloy Simões tem razão, os redatores estão mesmo sendo maltratados pelos diretores de arte. Ou melhor, os textos estão sendo maltratados.
Um dia desses, vi um bom título em um outdoor sobre doação de órgãos. Mas o subtítulo, que trazia o mote da campanha, era completamente invisível. Isso mesmo, invisível. Somente na terceira vez em que passei em frente ao outdoor pude notar que havia uma frase a mais. Consegui ler a tal frase na quinta vez em que passei por ali.
Estão sacrificando a leitura do texto em prol do equilíbrio do layout. Estão diagramando frases e textos sem uma leitura prévia. Corpo 8 já é considerado um luxo. O texto está pequeno? Deixa eu dar um zoom e você verá que está bom.
O problema é que o consumidor não tem a ferramenta de zoom. O problema é que as pessoas não compram uma revista para olhar os anúncios. O problema é que as pessoas não ficam procurando outdoors pelas ruas.
Já é muito difícil atrair a atenção das pessoas para os nossos anúncios. Já é muito difícil fazer com que elas leiam nossas mensagens comerciais. E nós, os publicitários, ainda dificultamos tudo, colocando textos ilegíveis.
Por isso, eu falo tanto sobre a ditadura do visual em sala de aula.
17 julho 2010
Uma crônica atrasada da Copa.
Naquela época ainda jogávamos no meio da rua, uma rua com paralelepípedos irregulares e recém colocados. Pode-se dizer que não era o piso ideal para uma bola rolar. Muito menos para solas de pés descalços.
Tínhamos disposição e jogadores em número suficiente para dois ou mais times. Mas nem sempre tínhamos a bola. E não éramos exigentes, qualquer bola servia. De couro muito gasto pelo constante atrito com as pedras, de borracha ou mesmo de plástico. Cheias ou furadas. Aquelas bolas coloridas de plásticos quando furavam ficavam ovais, e reagiam com desobediência aos nossos passes ou chutes. Mas não importava. Eram bolas. Necessárias e indispensáveis bolas.
O problema é que, de vez em quando, nem estas bolas velhas e furadas nós tínhamos. E sem bola, não adianta a vontade, não adianta a disposição, não adianta nem o talento. Sem bola não se consegue jogar futebol.
Talvez tenha sido esta a filosofia de jogo da seleção da Espanha, a campeã da Copa da África. Uma estratégia básica: ficar com a posse da bola o maior tempo possível. Trocar passes sem pressa, sem erros. Porque, sem a bola, o outro time não consegue jogar. Simples assim.
11 julho 2010
As coincidências da vida.
Ezequiel, para quem não sabe, era jornalista sem nunca ter sido. Feroz crítico de música, incansável produtor musical, alucinado amigo e mentor do Barão Vermelho e de Cazuza.
Você já deve ter ouvido falar de Cazuza. Já deve ter ouvido pelo menos uma das suas tantas músicas geniais. Cazuza marcou uma geração do rock nacional. Mais do que isso, marcou para sempre a música brasileira.
Semana passada, completou-se 20 anos desde a morte precoce, mas sempre perigosamente perseguida, de Cazuza. O poeta flertava com a morte, levando sua vida na mesma batida louca de suas canções. Exagerado, ele era mesmo exagerado.
E, por essas coincidências que insistem em nos visitar, o criador Ezequiel Neves morreu exatamente no mesmo dia em que todos lembravam os 20 anos da morte de sua mais genial criatura.
A foto de Cazuza está aqui na minha frente, debochadamente rindo de tudo isso.
A vida brinca com a gente.
05 junho 2010
Sequelas.
Não foi a primeira vez que isso aconteceu. Lembro de uma, no verão de 2009, que pousou em meu lábio e o deixou maior que celebridade decadente com excesso de botox.
Mas desta vez foi diferente. A dor foi igual, mas as conseqüências muito piores. Poucos minutos depois da picada na mão, senti o rosto formigando. Também as pernas, as solas dos pés. O corpo começou a esquentar. Coceira generalizada.
Mas se fosse somente coceira, um banho resolveria. E não era. Uma leve tonteira. Deitei no sofá. A Lua sempre perto de mim. Não me largava. Levantei, com a Lua colada. Fui para o pátio de novo. Caminhei de um lado para o outro. Sensação estranha. Um pouco de medo, sem saber o que estava acontecendo.
Resolvi ligar para a Graça, que tinha saído de carro. Pedi para trazer um antialérgico qualquer. Ela estava no mercado, pertinho, aqui nos Ingleses. Veio correndo, não com um antialérgico, mas com o firme propósito de me levar para uma clínica médica.
A Laitano fica a uns 5 minutos de casa, de carro. Fui de carona, completamente cego. Já não via mais nada, tudo branco. Cegueira branca, como escreveu Saramagno.
Cheguei na clínica. Caminhei apoiado até a entrada. Não consegui tirar o cartão da Unimed da carteira. Lembro que me deixaram entrar direto para o atendimento.
Não lembro de muita coisa que aconteceu depois. Disseram que desmaiei duas vezes. Que caí no chão. Lembro de algo como me sentir saindo do corpo. De sentir uma leveza.
Lembro de abrir os olhos e o médico perguntar meu nome. Perguntar onde eu estava, e ele mesmo responder: você está no céu. Disse isso e sorriu, com uma cara de preocupado.
Colocaram em mim uma máscara de oxigênio. Ligaram fios no meu corpo. Deitado, enxergava o monitor do aparelho sobre a minha cabeça. Números e linhas sinuosas.
O médico tirou o aparelho de oxigênio e resolveu ele mesmo usar uma bomba manual. Continuou por alguns minutos assim, bombeando ar para os meus pulmões. Senti uma agulha, era injeção de adrenalina. Senti outra agulha, agora no braço. Soro e Fenergan.
Aos poucos comecei a raciocinar. E guardo as palavras, agora de um médico mais tranquilo: desta você escapou, mas foi questão de minutos. O choque anafilático, pela alergia à picada de vespa, foi poderoso.
Aquela vespa minúscula e anônima deixou como sequela uma certeza: na vida não existem problemas, se há vida.
30 maio 2010
Gibis e Indios no Cinema
Na tela, sempre um bang-bang. Lembro do Ringo, um mocinho com cara de mau. Dava um tiro e matava dois ou três índios. Naquele tempo ainda não existia o politicamente correto, e os mocinhos matavam índios.
Quando a coisa ficava preta para o lado do mocinho, sempre surgia a cavalaria no alto do desfiladeiro. E a gente acompanhava o tropel de cavalos batendo com os pés no chão velho do cinema Rosário, lá em Porto Alegre.
Terminado o filme, havia um intervalo que durava o tempo necessário para a gente fazer as trocas de gibis. Era preciso ter o máximo de cuidado para não voltar para casa com um gibi faltando páginas. Geralmente as páginas centrais.
Um almanaque valia dois ou três gibis normais. Também havia os mais valiosos, como os primeiros do SuperHomem. Mas quem tinha não trocava por nada.
Três gongos e recomeçava a sessão, com mais um filme. Mas a tarde já estava ganha, ou melhor, a semana toda. Muita leitura pela frente, pelo menos até o próximo domingo quando a gente voltaria ao cinema para trocar tudo de novo.
09 maio 2010
Idiomas e crases
30 abril 2010
Rotina mutante
26 março 2010
Um site pra soltar o verbo
Mas a novidade é o PSV-Crônicas, uma espécie de braço textual do Portfólio Sem Vergonha. A ideia é proporcionar o ponto de partida para a elaboração de textos dentro de um prazo determinado. Os textos recebidos serão respeitados e publicados no Crônicas, onde profissionais capacitados irão escolher o vencedor através dos quesitos: original, interessante, imaginativo e, obviamente, que obedeça as regras gramaticais.
E o primeiro desafio já começou. Confira lá no site o tema escolhido, envie seu texto e participe dessa disputa literária. É pra soltar o verbo.
12 março 2010
Quem quer estágio?
Se você se enquadra nas características abaixo, e confia no seu talento, vale a pena. Ainda não conheço empresa que se preocupe tanto com recursos humanos e qualidade de vida no trabalho.
Veja:
A Knowtec Florianópolis, empresa especializada em Inteligência Competitiva e atuando há 9 anos no mercado seleciona:
01 Estagiário para a área de Comunicação Corporativa
Requisitos:
*Graduando a partir da 5ª fase em Publicidade e Propaganda, Jornalismo, Marketing ou Administração;
*Conhecimento de comunicação interna/empresarial;
*Conhecimentos em Corel ou Photoshop;
*Relacionamento em redes sociais (Flickr, Twitter, Orkut, Facebook, Youtube);
*Experiência com plataformas de blog (Blogger, Wordpress);
*Boa capacidade de comunicação;
*Pacote Office e boa navegação;
*Boa redação;
Atividades:
*Criação de peças para serem utilizadas na comunicação interna;
*Auxiliar no desenvolvimento de estratégias e conteúdos de comunicação, visando disseminar informações para os colaboradores e demais parceiros, com o objetivo de implantar uma comunicação integrada, que contribua para o fortalecimento da cultura interna e da identidade corporativa.
Carga Horária: 20 horas semanais
Bolsa: R$ 697,50 Seguro de Vida, Recesso Remunerado, Vale Transporte
Interessados: danielle.alves@knowtec.com
08 março 2010
Emoções
Acho que passei por um bom teste cardíaco, provocando ao extremo a capacidade do bom e velho coração.
Pra quem não sabe, no último sábado foi a formatura de mais uma turma de publicidade das Estácio de Sá Santa Catarina. Uma turma muito especial.
E eu fui o Paraninfo. E entre os alunos estava a Dani, minha filha.
Após pausas estratégicas e goles salvadores de água, consegui chegar ao final do discurso. Eu gostei. Ela gostou. Muita gente se emocionou.
Aos novos publicitários, mais umas palavrinhas: vocês são incríveis. Vocês serão inesquecíveis.
24 fevereiro 2010
Onde estão as ideias?
O papo foi bom, eu gostei. Chegamos à conclusão de que as grandes ideias nascem lá fora, nas ruas, nas casas, nos ônibus, em elevadores cheios. Cheios de gente, de pessoas. Isso mesmo, as grandes ideias nascem das vidas das pessoas.
Por isso é importante sair, olhar, observar a vida. Sim, é difícil acreditar, mas existe vida além do umbigo do publicitário.
Será coincidência que as grandes ideias sejam tão simples e mostrem pedaços da vida? Que brinquem com situações do cotidiano? Que as pessoas se identifiquem com elas?
Então, se você está começando na profissão, ou tem um briefing pra resolver na faculdade, pare de olhar para a tela em branco do Word. Saia pra rua. Converse com o porteiro do prédio, passe na padaria e peça um café, escute a conversa das pessoas, pegue um ônibus com os ouvidos alertas. Viva!
Geralmente as soluções estão lá no público-alvo. Nas suas vidas, nos seus comportamentos. Nas suas necessidades. Nos seus sonhos.
Pode parecer brincadeira, mas quem cria os melhores comerciais são os próprios consumidores.
08 fevereiro 2010
Quando a família aumenta
É uma alegria quando a família aumenta.
É uma alegria quando a gente pensa que tem um cachorro abandonado a menos nas ruas de Floripa – e, especialmente, nos Ingleses.
É uma alegria quando a gente pensa que este cachorro a menos nas ruas tem apenas 2 meses de idade. E, mais, é uma cachorinha.
Agora, imagine uma alegria multiplicada, quando a gente junta essas pequenas – e tão grandes – alegrias.
Pois é, esta aí da foto é a Nina. Ganhou nome e uma família no sábado passado, quando veio morar junto com a Lua e a Belinha, lá na Palermolândia, nos Ingleses.
Menos um cachorro nas ruas. Mais um latido feliz pra me receber todos os finais de dia no portão de casa.
Enquanto nosso re-eleito prefeito afirma que não temos cachorros abandonados em Floripa, a gente pode ficar tentando resolver este problemão, fazendo o que a Prefeitura não faz: tirando os cachorros das ruas.
26 janeiro 2010
Pensar para criar
Por que reeditei esta frase? Porque o tempo passou, mas ela continua valendo.
Por exemplo, estou criando um conceito para um cliente. Hoje, extraordinariamente, trabalho em casa. Estava com o Word aberto em uma maldita e desafiadora página em branco há exatas duas horas. Nem uma palavra escrita, nem uma mísera sílaba.
Os olhos fixos no branco luminoso da tela. Minha cabeça viajando pela história do cliente, pela missão da empresa, pelos objetivos de comunicação, pelo público-alvo, e seus sonhos e suas angústias.
No Word, ainda nenhuma palavra. Mas na cabeça, discursos inteiros com direito a exórdio, narração provas e tals. Levantei pra tomar uma água. Na volta passei por um espelho. Olhei meu reflexo. Sorri pra mim, até para desfazer a cara de preocupação que eu vestia.
O sorriso no espelho foi a luz salvadora. O click que faltava para alinhar todas as palavras mentais e começar a despejá-las, letra por letra, concretizando-as por meio do teclado.
O resultado foi um conceito simples, que, ironicamente, para os desavisados pode parecer a primeira ideia, tamanha ingenuidade e simplicidade do raciocínio. É destes conceitos que eu gosto. São estes que eu persigo. E raramente alcanço.
Pensar muito ainda é a melhor maneira de escrever pouco. Só o essencial. Simples assim. Assustadoramente simples assim.
25 janeiro 2010
O desafio da internet
Resultado: hoje já é 25 de janeiro. E este recém é o primeiro post de 2010.
Enquanto isso, na DBS, entramos em 2010 com muito otimismo. Em fevereiro vamos lançar um novo produto da agência: a gestão da comunicação de marcas nas redes sociais. E já começaremos atendendo a duas belas marcas.
Diante dos desafios deste projeto, só posso reconhecer que os dois anos de trabalho na Talk Interactive foram um grande aprendizado.
A internet e suas múltiplas possibilidades tem se mostrado realmente fantástica. Há muito a web deixou de ser um canal elitista, apresentando uma penetração considerável também nas classes C e D. Neste ponto, as lan houses, mal vistas por muita gente, cumprem um importante papel de inclusão digital da população brasileira.
Voltarei a este assunto.