30 abril 2008

Futuro do pretérito


Este anúncio aí de cima foi um dos primeiros que eu escrevi na minha carreira. Foi lá por 79. É uma espécie de choque cronológico ver uma peça saída do baú veiculada aqui na web. Vou continuar remexendo nos meus guardados, quem sabe encontro alguma coisa boa?

28 abril 2008

Sobre escrever para a web.

As páginas da web, os blogs, os sites e demais canais interativos não exigem redatores diferenciados de outros meios. Apesar deste espaço virtual ser relativamente novo, o êxito de suas mensagens depende da boa e velha palavra. A boa redação é igual e necessária em qualquer ação de comunicação, seja qual for o meio. A diferença é que aqui temos uma ferramenta a mais: a interatividade. Alguns textos, em determinadas mídias, podem obedecer a uma fórmula específica (remember Aristóteles) outras são regidas pelas tendências. No mundo interativo, as idéias também se baseiam em palavras, mas palavras em movimento. Até quando soubermos usar a telepatia, haverá a necessidade de escrever. E ler.

25 abril 2008

Internet. A porteira está aberta para quem quiser passar.

Sabe uma boa maneira para você ficar um pouco mais íntimo da internet? Deixe de tentar entender como ela funciona. Isso mesmo. Pra que esquentar a cabeça tentando compreender como a gente escreve uma mensagem aqui em Florianópolis e seu amigo lá de Timbó (foi o primeiro lugar que veio à cabeça) consegue ler, quase ao mesmo tempo em que você escreve. Internet é como o velho aparelho de TV. A gente liga, muda de canal à vontade, assiste o que quiser, e pronto. Ri ou chora na frente da telinha, sem pensar que aquela imagem está vindo em forma de sinal de satélite, que é recebido e decodificado etc, etc, etc e tal. Portanto, meu amigo, se você ainda se refere à rede como “a tal internet”, comece logo a treinar. Vá para uma lan house (aquelas lojinhas cheias de computadores para alugar), sente na frente de um PC (não, não é o tesoureiro do Collor) e mande ver. Treine, experimente, aprenda. Divirta-se. Como diria meu velho amigo Nei Lisboa, pra viajar no cosmos não precisa gasolina.

Este post faz parte do Movimento Blog Voluntário.

21 abril 2008

Voluntários dos Blogs

Blog Voluntário

É isso aí. Uma ação de inclusão digital. Dias 25, 26 e 27, os blogs voluntários postam mensagens que, de uma forma ou de mil outras, ajudam pessoas distantes do universo web a ingressarem no mundo virtual. Uma iniciativa que vale a pena.Se você tem um blog, entra nessa.

16 abril 2008

No centro da Terra não chove

Esta quarta-feira chuvosa me lembrou uma conversa que tive um dia desses com um amigo, lá na Estácio, o Rafael Dall’Agnol. Não sei por que cargas d’água a gente desandou a falar em guarda-chuvas. Começamos a falar sobre os guarda-chuvas perdidos por aí. Quem nunca perdeu um? Pois é, todos nós já perdemos ou conhecemos alguém que já perdeu algum. A questão não é esta, mas o oposto: você já achou um por aí? Eu nunca, o Rafael também não. Fizemos uma rápida enquete na sala dos professores. Resultado: 6 pessoas já tinham perdido, algumas até mais de um exemplar. Porém, ninguém tinha encontrado nem um sequer. Nunca, jamais. Onde vão parar os guarda-chuvas perdidos? Você já parou para pensar em quantos serão ou estão sendo perdidos hoje, neste exato e chuvoso momento? Eu já pensei nisso (ou será que pensei depois de ler esta “minha” tese em algum lugar?). É simples: existe uma civilização que vive no centro da Terra e que se alimenta de guarda-chuvas. Em dias como hoje, os homenzinhos marrons ficam à espreita, esperando o primeiro descuidado que aparecer. Agem rápido, com estratégia e habilidade. Ninguém nota a presença deles, apenas a ausência. Mas já será tarde demais. Menos um guarda-chuva na face da Terra, mais um prato cheio na sub-Terra. Se você conhece o autor desta tese, me diga. Porque eu já estou quase acreditando que é minha mesmo.

09 abril 2008

Palavras e parábolas

As frases mais simples, invariavelmente, são as mais difíceis de serem escritas. Nesta frase que você acabou de ler, por exemplo, a palavra “invariavelmente” se intrometeu no texto e complicou tudo. Acabou com a pureza da frase. As palavras inteligentes nunca são tão eficazes quanto falar de maneira clara. Imagine um técnico de futebol pedindo para o ala avançar pelo lado do campo, formando uma parábola em relação à linha lateral. Na propaganda é a mesma coisa. O redator não precisa mostrar sua erudição ao escrever o anúncio. Aliás, basta se revelar inteligente. O objetivo é seduzir o leitor, certo? E, para seduzir, às vezes, basta um olhar. Palavras erradas, invariavelmente, acabam atrapalhando.

03 abril 2008

Descontinuando.

Dia desses um vendedor de equipamentos de informática me apresentou a um novo vernáculo, como diria um amigo professor. A frase era assim: Pois é, seria melhor você optar pelo Windows Vista, porque o XP será descontinuado. No mesmo dia, ouvi de outra pessoa: Você não pode mais assinar a revista Pasta, ela será descontinuada. Será que o gerundismo está dando lugar a uma nova mania? Imaginem a cena: "A partir de hoje, o senhor será descontinuado em nossa empresa". Ou, "não dá mais, eu quero descontinuar nossa relação".
Pois é, se você ainda não ouviu esta nova pérola da coleção Neologismos do Século 21, prepare-se. E trate logo de arrumar algumas boas frases para usá-la. Ou você correrá o risco de ser descontinuado do grupinho das pessoas moderninhas. Era isso. A partir daqui, este texto será descontinuado. Ponto final.

01 abril 2008

Adeus.

Morreu. Faleceu. Desencarnou. Foi para a terra dos pés juntos. Foi desta para melhor. Vestiu pijama de madeira. Foi comer grama pela raiz. Ganhou sapatos novos. Virou presunto. Finou-se. Expirou. Defuntou. Suicidou-se. Meu notebook. Foi pro pau. Adeus.