24 setembro 2009

Preciso de tempo.

Tempo para ler. Tempo para viajar. Tempo para pensar. Tempo para escrever. Preciso de tempo para conferir as horas e ver que estou quase atrasado. Preciso de tempo pra sair correndo. Tempo pra conferir a previsão do tempo. Tempo pra sair a tempo.

E a pressa é tanta que já não escrevo mais o "para" e passo a usar a contração. Gasto menos tempo com uma letra a menos. A pressa é tanta que os dias passaram a durar 20 horas até virar o amanhã.

Vivo com pressa. Pressa pra aproveitar o tempo. O tempo que não tenho. O tempo que busco, persigo, mas nunca chego a tempo de pegá-lo e pará-lo. É sempre assim, o tempo não pára. Corre. Voa.

Falando nisso, vou correr. Atrás dele. Será que ainda dá tempo?

22 setembro 2009

Sobre uma vovó moderninha e titias nem tanto



Não é foco da linha editorial do blog comentar as novidades publicitárias da mídia. Mas este fato não pode passar em branco.

Você já deve estar sabendo que a ALMAPP BBDO tirou do ar aquele
comercial genial que mostrava o diálogo – inteligente – da avó e sua neta. Aquele mesmo em que o Cauã Raymond fazia apenas uma ponta – outra prova da genialidade da ALMAP.

Já comentei isso várias vezes nas aulas. Entre tantas coisas que admiro nas campanhas das Havaianas, é o fato de que eles não utilizam celebridades apenas para recitarem textos mornos sobre o produto. Pelo contrário, o famoso sempre aparece a serviço da idéia, e muitas vezes apenas como escada para a piada.

Mas vamos voltar para o comercial censurado pela opinião pública. Pois é, algumas pessoas, ou algum triste grupo organizado da nossa chamada sociedade civil, andou reclamando que a simpática e moderninha vovó estava incentivando sua neta a praticar sexo sem compromisso.

Um fato lamentável, que vem mostrar, mais uma vez, que o grande problema da sociedade moderna é a falta de assunto, mesmo nesta era de profusão de informações digitais. Pessoas sem assunto, ou sem ter o que se preocupar de verdade, agiram em defesa da boa moral e dos velhos bons costumes.

Mas esse fato lamentável gerou mais uma peça brilhante – e, mais do que isso, inteligente – da ALMAP. E a agência lançou um
comercial com a própria vovó comentando que o comercial foi tirado do ar em respeito a quem reclamou. E que, também em respeito a quem o elogia, ele continua no ar na internet.

E, pérola das pérolas, finaliza o texto com o mote de que é moderninha.

Tudo lindo, se não fosse triste. Triste assim.

17 setembro 2009

O sabor da amizade

Esta pieguice toda aí do título deste post é só para puxar o assunto: um evento que vai reunir amigos e muitos sabores.

Nesta semana gravei um vídeo que já está na net falando sobre um amigo e uma de suas especialidades. Falo do Javier, diretor de arte e gourmet, e sua famosa - e saborosa - paella. Se existe uma imagem que bem defina a palavra "espetáculo" é a paella do Javier.

Quer saber mais sobre a Paella ? Vai lá conferir. No vídeo e na Praia Mole, neste sábado.

Adrenalina pós-aula

São 23h. Recém cheguei da Univali. Hoje é quarta-feira, e como toda quarta-feira, meu destino é a Univali da Ilha. Mais precisamente na turma da segunda fase do curso de Produção Publicitária. Para quem ainda não sabe, vale repitir: a disciplina é Linguagem Publicitária.

Hoje foi uma aula diferente. O pessoal da agência de propaganda que atende a Univali foi lá na sala para passar um briefing real para a turma: criar o nome de um programete de TV que eles estão planejando para a faculdade.

Foi uma boa experiência. Turma dividida em grupos, grupos usando a associação de ideias nos seus brains, depois seleção das melhores ideias em cada grupo, e, por último, a turma toda definindo as melhores sugestões.

Nada demais. Tudo demais. Uma aula normal com um exercício. E, como sempre acontece, cheguei na aula cansado depois de um dia inteiro de trabalho na Talk. Ou melhor, a manhã na Estácio e a tarde na Talk.

Mas, como sempre acontece, na sala de aula, depois do boa noite para os alunos, tudo muda. Sai o cansaço e entra a empolgação. Sai o sono e entre a energia. A aula foi boa, foi divertida, foi leve. E muito produtiva. É bom demais fazer aquilo que a gente realmente nasceu para fazer.

Entre tantas coisas, eu acho que nasci para dar aulas. E fazer propaganda. Não sei se faço as duas da melhor maneira, mas me divirto fazendo. E isso é o que importa.

Se você tem um trabalho e não se diverte na sua execução, cuidado. Você pode ter escolhido o caminho errado para ser feliz. Quem sabe não encontrou ainda o grande desafio da sua vida?

Falando em desafio, em paixão pelo que se faz e diversão ao fazer, em breve eu conto uma novidade. Uma grande novidade. Uma boa novidade.

Mas isso eu conto outra hora, em outubro.

07 setembro 2009

Vícios

Acho que já escrevi aqui sobre isso: vício. Não aquele vício que abrevia a vida. Falo do vício bom - existem? - aquela prática que se incorpora na vida da gente e não desgruda mais.

Falo do vício dos antigos e saudosos ponteiros do futebol, tipos diferentes, que insistiam em jogar futebol equilibrados em um corredor imaginário de 3 metros de largura, paralelo à linha lateral do campo. Sujeitos obcecados pela linha de fundo e cruzamentos certeiros para centroavantes também viciados. Mas em gols.
Falo do vício do jornalista investigativo, aquele tipo Caco Barcelos. Sujeitinho viciado em descobrir notícias onde as pessoas normais veem nada mais do que a rotina sonolenta da vida.

Falo do vício que tive por longos 30 anos, e que até horas atrás pensava que tinha abandonado. O vício de buscar combinações novas para palavras já desgastadas. O vício de falar com pessoas que não conheço, mas que busco sempre entender seus comportamentos e desejos.

Falo do vício de criar propaganda. De pensar propaganda. De fazer propaganda. De viver propaganda 24 horas por dia. Um vício terrível, daqueles que dão prazer. E uma vez que a gente experimenta, nunca mais se livra.

Sim, é uma recaída.

01 setembro 2009

O dia em que o mundo caiu.


Se você pesquisar, certamente encontrará alguma previsão de Nostradamus narrando o dia, muito distante, em que as pessoas terão a nítida sensação de que o mundo desabou.

Nada funcionará. Ninguém conseguirá mais administrar seu próprio tempo. As pessoas ficarão confusas, esquecerão seus compromissos, não encontrarão mais as anotações que regem suas existências.

Um caos para milhões de vidas.

Um dia que vai entrar para as histórias. A história real e a outra. Sim, porque Nostradamus prevê que as pessoas terão vidas duplas. Uma concreta, outra imaginária. Uma real, outra virtual.

Hoje foi assim. O mundo caiu. Ou melhor, o Gmail caiu.