04 agosto 2009

O triste reality show da politica brasileira.


Tanto tempo sem escrever no blog que dá vontade de falar sobre tudo o que andou acontecendo nos últimos dias. Da cadeira com super bonder do Sarney à dispensa do Nelsinho Piquet. Da gripe suína ao Avaí imbatível (espero que este post não caduque tão cedo em função deste adjetivo).

Falando em Sarney, viram o novo reality show da Globo? Da tribuna do Congresso, o incansável Pedro Simon pediu a saída do bigode de pau. Renan Calheiros (como este cara continua lá - e com muito poder - se há poucos meses ele foi corrido da Presidência do Senado?) entrou em defesa do chefe-senador itinerante.

A peleia foi boa. Simon mostrou que é determinado. Renan confirmou o que é, exatamente o que já sabíamos.


Mas o ponto alto, ou baixo, foi a intervenção do Collor (aquele mesmo, o ex-presidente corrido do Planalto pelos caras-pintadas). Com os olhos esbugalhados de ira e sei lá mais o quê, Collor vociferou seu palavreado doentio contra Simon.

Se tivesse uma arma na certa a empunharia, tal a fúria que seus olhos vidrados demonstravam. Aliás, puxar a arma e atirar contra um senador – matando-o – dizem já foi obra de seu velho pai, em idas épocas, também senador desta nossa hilária República.

Pois é. Tudo isso aconteceu de verdade, ali em Brasília. Aquela cidade simpática, e de céu incrivelmente azul, construída por Niemeyer e os candangos. Não era ficção. Não era cena dirigida pelo Boninho. Era verdade. Era tristeza. Era uma vergonha.

Enquanto isso, nosso popular Presidente rasga sua biografia e se cola em Sarney, Renan, Collor e tantos outros mais.

E agora, Bial?

14 comentários:

Bruna Pires. disse...

Hoje eu vi o "querido" presidente falando: "A decisão sobre o Sarney é do senado, eu não tenho nada a ver com isso".

Lavou as mãos e jogou o Sarney para as cobras.

hahahhaa, a política brasileira é uma vergonha!

Gui Barcellos disse...

vergonheira, roubalheira e a gente aqui, sem eira nem beira! tá mais complicado que parto!

abraço Fernando

Kelly Veiga disse...

"Bial, eu vou votar no Sarney, por questão de afinidade".

Beijos, Banca!

Anónimo disse...

A diferença do BBB, neste reality show tem prêmio para todo o mundo, e alguma coisa me diz que tal prêmio é de mais de um milhão de reais...
Abração Fernando!!!

Anónimo disse...

A diferença do BBB, neste reality show tem prêmio para todo o mundo, e alguma coisa me diz que tal prêmio é de mais de um milhão de reais...
Abração Fernando!!!
Javier

Ísis Melo disse...

Que país é esse que a realidade é mais absurda que a ficção?

Marcella Cruz disse...

A corrupção e a impunidade tornaram-se doenças crônicas e quase insanáveis no Brasil pois seus principais responsáveis são justamente aqueles que detêm o poder, quer seja político ou financeiro.

Esses dois problemas juntos, geram um terceiro mais cruel e implacável: a violência.
Mas, se a nenhum dos milhões de brasileiros interessa a violência, por que não se conseguem ações efetivas para sua derrocada?

A resposta certamente identificará contra quem, de fato, estamos lutando. Uma luta sem tréguas e com poucos recursos, pois apesar de nossos esforços de atualização e modernização, o aparato policial ainda conta com equipamentos e métodos obsoletos, nosso sistema de justiça criminal encontra-se deteriorado, com presídios e delegacias abarrotados de negros e pobres, e o judiciário é lento e moroso e notoriamente não atende a crescente demanda da população, especialmente a mais carente.

Enganam-se aqueles que pensam que o maior desafio das polícias está nas ruas. Não, não está. Lá é nosso campo também, onde estamos sempre presentes, 24h por dia. Contudo, nossa maior luta é na questão cultural.

É esclarecer que a questão da violência não se resolverá com a solução simplista de abarrotarem-se as ruas de policiais, pois quando se clama por segurança, automaticamente se pensa em mais policiais, mais viaturas e mais armas. Se este fosse o caminho, não estaríamos na situação em que hoje nos encontramos.

Segurança é problema de Estado. Questões como corrupção, impunidade e violência não são resolvidas apenas com polícia. Ao contrário, a resolução de tais questões passa pela reformulação do próprio Estado: passa por uma justiça ágil, eficaz e eficiente; por uma educação de excelente qualidade, que ensine as crianças e os jovens sobre cidadania, direitos e garantias individuais, que os ajude a pensarem por si próprios e não como famosos da TV, geralmente despreocupados em dar bons exemplos; passa por uma urgente redistribuição de renda mais justa, populismos à parte; passa por justiça social; por uma população, votando com responsabilidade, em políticos que não estejam direcionados apenas para as questões de momento; e passa pela sociedade, perseguindo e exigindo, de modo claro e objetivo, seus direitos.

Marcella Cruz disse...

Meu Deus, que gigante que ficou o comentário.
Desculpa, professor.
Não tinha me dado conta do tamanho do problema.

Marcella Cruz disse...

E relendo ele agora, notei que ficou bem confusinho.
Desculpa de novo.
Hahaha.
Que bagunça.
Que vergonha.

Marcella Cruz disse...

ah, e devo avisá-lo que tem coisas que não são de minha autoria, claramente.
mas concordo com tudo.

juro q é o último.

pode tirar 2 pontos da minha média. ahaha

Rafa Xomes disse...

BIGODE DE PAU, SahioushoIAUSH ESSA FOI BOA.
e o pior é que nesse reality show agente não vota pra sair
vota pra ENTRAR
e agora como fica?

Fernando Palermo disse...

é isso, gente. todos concordamos, mtodos achamos um escândalo tudo isso. o problema é que ficamos passivos. assistindo a tudo isso, até o ponto de virar rotina e paisagem comum. são escândalos que não mais nos escandaliam.

marcela, gostei do comennnnnntário. longo sim, qual o problema?

valeu!

Ísis Melo disse...

Ah, eu sempre venho aqui. Sinto falta quando o blog fica uns dias sem posts! adorei sua visita lá no meu humilde blog, obrigada.. e quanto a publicidade, quanto mais eu estudo, mais eu gosto mesmo. é encantadora, não?:)
espero mais posts aqui!

Regina disse...

Deja vu!!!!
Cade os caras pintadas?
Eu tenho tinta =P

bjos professor!!!