24 maio 2008

Tem um Chico melhor que Nizan.

Muito tempo sem postar. Imperdoável. Mas para me redimir com meus leitores assíduos (você e mais um ou dois), reproduzo aqui um texto de um cara que cria e escreve como ninguém. Não, não falo de Nizan, Washington ou Mohallem. Trata-se de Chico, simplesmente Chico.

“Meus ombros se retesavam não pelo que eu via, mas no afã de captar ao menos uma palavra. Palavra? Sem a mínima noção do aspecto, da estrutura, do corpo mesmo das palavras, eu não tinha como saber onde cada palavra começava ou até onde ia. Era impossível destacar uma palavra da outra, seria como pretender cortar um rio a faca. Aos meus ouvidos o húngaro poderia ser mesmo uma língua sem emendas, não constituída de palavras, mas que se desse a conhecer só por inteiro.”

Estou na página 19, pela terceira vez. Já li outras duas vezes o “Budapeste” de Chico Buarque de Holanda. A maravilhosa história de um ghost writer carioca que se encanta pela palavra húngara. Um romance à altura do Chico de Roda Viva, Folhetim e tantas outras letras memoráveis. Como escrevi no quadro um dia desses numa aula daquelas: o mundo não começa quando a gente nasce. Para escrever um anúncio, não basta ler Nizan. Simples assim.

18 maio 2008

Bons tempos de Becker

Entre tantas facilidades e modernidades, a web também serve para resgatar o passado. E aproximar bons e velhos amigos. Silvio, que bom que vc encontrou meu blog. Entre em contato: palermoredator@yahoo.com.br

17 maio 2008

Off line ou on line

Convergência de mídias. Mensagens interativas. Off lines e on lines. Juntos ou separados, não as palavras, os conceitos. Não importa qual será a estratégia e qual o suporte midiático utilizado. O consumidor será o mesmo: uma pessoa. E pessoas estão sujeitas às mesmas necessidades, desejos e expectativas, não importa se eles ligam a Tv ou o PC. Argumentação, sedução, tesão. Off line ou on line, o importante é a idéia que vai mexer com tudo isso. Simples assim.

11 maio 2008

RECADO AOS FUTUROS REDATORES

O consumidor não quer ouvir sermões sobre o produto e suas características. Mais vale escrever ao coração do que à mente. É no coração que reside a maioria das decisões. As pessoas buscam emoções, querem marcas que tenham alguma ligação emocional com suas vidas. Criar é emocionar. Simples assim.

08 maio 2008

PRIMEIRA - E ÚNICA - PAGINA DE UM CONTO

Um dia acordei me achando um escritor. Um sujeito daqueles que sentam na frente de um teclado e sabem combinar as letras de maneira a construir uma história envolvente, sedutora, intrigante. Como esta que estava na minha cabeça e não consegui passar para o papel (ou monitor?). Enfim, cometi só esta parte aí embaixo, salvei e esqueci. Será que vale a pena você perder seu tempo lendo?
"Amanhã não vou almoçar em casa. Fico na frente do computador e, de uma vez por todas, começo a escrever a minha história. Minha história de vida e mortes. Será fácil lembrar de tudo. Inclusive como tudo começou. A primeira vez que senti aquele impulso incontrolável. A primeira vez que rasguei um corpo com um corte seco de estilete. A primeira vítima me olhando sem saber quem era eu, e muito menos porque estava abrindo seu peito. Tudo tem uma primeira vez e, invariavelmente, torna-se inesquecível. Relembrar será bom. Melhor ainda se eu me arrependesse de tudo o que fiz. Mas não me arrependo. Minha vida dependia daquelas mortes. Meu futuro começaria no exato momento em que minha décima vitima agonizasse pela última vez. Confesso. Foi uma alegria eliminar meu décimo obstáculo. Não posso esquecer de escrever sobre os jornais e as notícias da época. Bem que tentaram fazer alguma relação entre os crimes, mas foram uns tolos. Nem a policia enxergou o elo entre as mortes. Acho que foram duas em Florianópolis, uma em Joinville, uma em Porto Alegre, uma em Curitiba, uma em Maringá, três em São Paulo e uma em Vitória. Ou foram duas em Vitória? Em todas elas, os jornais mostraram jovens com o peito rasgado. Essa juventude é assim mesmo, adora enfrentar a vida de peito aberto."

04 maio 2008

O fim da touca verde

Quando eu era guri, lá na zona norte de Porto Alegre, e era época do Minuano soprar forte e gelado, minha mãe não me deixava sair de casa sem uma touca. Lembro bem, era uma touca verde, feita de tricô pelas agulhas rápidas da minha avó. Amava minha mãe e minha avó, detestava o Minuano e aquela touca. Mas ela sempre estava a assombrar os meus dias. Sentia um vento gelado e já tremia, não de frio, mas pensando na tal touca verde. Durante algum tempo ela foi uma espécie de pesadelo constante. Mas como todo sonho ruim, um dia a gente acorda e se liberta. Hoje o Inter acabou com um pesadelo verde, massacrando o Juventude por oito a um. O fim definitivo de uma touca que não era de tricô, mas era verde.

01 maio 2008

Concurso de Filmes do Voluntarios em Ação

Hoje o post é para dar uma dica: Concurso de Videos do Voluntários em Ação. Simples, fácil, desafiador e recompensador.
Seja o diretor do próximo VT institucional do IVA. Basta fazer um vídeo com a sua visão sobre o tema Voluntariado. É importante que você inclua em seu filme o conceito do IVA: o trabalho voluntário não desperta o brilho apenas em quem recebe a ação. O próprio voluntário também é recompensado com esse brilho.
Vem daí o slogan “10 anos, fazendo toda estrela brilhar”.
Então, essa é uma ótima oportunidade de passar a sua luz adiante.
Se você for o vencedor, seu filme será produzido pela Margarida Flores e Filmes, em São Paulo. E você será convidado para acompanhar as filmagens. Além disso, o filme será veiculado nas emissoras de TV de Santa Catarina durante o mês de junho. E vai ajudar o Instituto Voluntários em Ação a promover o voluntariado transformador.
Participe. Revele o seu lado cineasta, e deixe o IVA revelar você.
Olha o link: http://www.voluntariosemacao.org.br/blog/eventos/concurso-de-videos-iva-10-anos