11 dezembro 2008
Lavei meu carro
Lavei meu carro. Água, shampoo automotivo, flanela. Lavei meu carro. Voltou a ser preto de novo. Foi difícil limpar as ranhuras das rodas. Está sem calotas. Mas limpei. Uma a uma. Lavei meu carro. E as rodas. Lavei até aquela parte que fica escondida atrás das maçanetas das portas. Enrolei um pano, molhei o pano, inseri atrás das maçanetas e segurei as duas pontas do pano. Puxei pra cá e pra lá. Ficou limpo atrás das maçanetas. Lavei meu carro. E atrás das maçanetas. Por uns momentos meu carro preto ficou branco. Cobri meu carro preto com espuma branca. A espuma é branca, a água é incolor. Mas a água incolor é mais poderosa do que a espuma branca. Onde a água incolor batia, a espuma branca fugia. Cor não é documento. Lavei meu carro. Com os documentos no porta-luvas, pra não molhar. Carro limpo, documentos secos. Lavei meu carro. Pouco antes de começar a chover.
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6 comentários:
Faaaaala Palermo!!!
Muito legal o texto, o mais legal é a simplicidade e a facilidade com que você descreve os fatos que me fez até visualizar essa cena...risos..um grande abraço! Rafael Sumar.
ehheehheeh
muito bom
Acho que a licença poética do texto surgiu do imprevisto, esse sim, o grande aliado da criatividade!
abraço
Que máximo! Adorei, de verdade :)
Beijos, querido!
Ai Palermo, me deu vontade de lavar o meu que de preto não tm mais nada...rsrs
Acho que vou aproveitar a sua ideia, o sol e lavar meu carro... Antes que a chuva retorne.
Beijao e bom final de semana
Eaii !!!
professor, de uma olhada nisso !
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI20974-15224,00-VOCE+SACRIFICARIA+AMIGOS+POR+UM+SANDUICHE.html
Thaisa.
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