A proposta deste blog não é publicar adnews, afinal o Adtudo do Robson já cumpre muito bem essa missão. Mas hoje eu estava navegando pelo site do Clube de Criação de SP para criar uma prova de Redação Publicitária I, quando dei de cara com esta notícia. Achei que valia a pena reproduzir aqui, pela atualidade (a news é de ontem) e porque eu já andava com vontade de comentar a campanha da C&A Namorados.
Primeiro, vale a pena ler a notícia do CCSP:
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O Conar (Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária) pediu a suspensão da campanha “Papai-mamãe não!” da C&A, criada pela DM9DDB, pelo Dia dos Namorados.
Por conta de reclamações de consumidores, o processo foi aberto nesta quinta-feira (5). O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) enviou nesta sexta-feira (06) ao Conselho pedido de suspensão da campanha, já que estimula a juventude a um comportamento sexual irresponsável, além de denegrir valores familiares.
Em comunicado, a C&A informa que recolheu todo o material disponível em seus pontos-de-venda e fez alterações nos comerciais de televisão, "em virtude da repercussão gerada pela campanha do Dia dos Namorados".
Sergio Valente, presidente da DM9DDB, reafirma o fato da agência já ter acatado a decisão e de jamais jamais ter tido a intenção de ofender ou provocar alguém. Aliás, ele está certo de que a campanha, de fato, não agride ninguém. "A campanha é jovial, nada mais do que isso".
Ele também confirma que a agência já providenciou a retirada de encartes das lojas e realizou uma reedição dos três comerciais, mudando a trilha, retirando os trechos protagonizados pela modelo Daniella Sarahyba e focando na promoção em 8 vezes, com 100 dias para pagar a primeira parcela.
"É complicado, porque um pequeno grupo que se manifesta por não gostar consegue tirar do ar uma campanha, em detrimento de um grupo, provavelmente muito maior, que gosta mas não se manifesta", completa Valente.
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Pois é. Você já conhece a campanha? Dia desses entrei no Itaguaçu pela C&A e na entrada encontrei um display de chão que chamou a atenção: representava uma moita com pernas de um casal saindo dela, como se eles estivessem num amasso violento atrás da moita. Diferente, divertido e criativo, muito criativo. Mas, pelo jeito, o conselho nacional das tias solteiras canhotas e com caspa não gostou. Paciência.
8 comentários:
Pior que é verdade mesmo. Eu, particularmente, achei a campanha muito boa quando vi a primeira vez e até mais engraçada do que "sexualemnte ofesniva" ou "pesada". Mas enfim, sempre tem a minoria que se impõe na maioria.
Abração Palermo, muito bom trazer essa notpicia.
Chamou muita atenção realmente e mesmo agora fora do ar a música não sai da cabeça!
Eu tava até conversando com a Mayara na sala esses dias sobre essa campanha e concluímos que pessoas não iam gostar e achar apelativa. Mas com certeza a campanha é diferente.
PS: Pra colocar link, seleciona o endereço e clica no botão do lado do T, que é referente às cores.
;*
www.borboletices.vai.la
Ah, é uma hipocrisia absurda! Pois até parece que vivemos num país completamente correto, sem nenhuma alusão sexual na mídia. Fizeram tanto alarde, que quando eu vi a campanha nem achei tão escandalosa assim. Pelo contrário, também achei muito criativa. É o falso moralismo movendo o mundo!
muito legal a idéia da campanha!
mas e ai? o que você achou no site do clube de criação de são paulo para utilizar na prova de redação publicitária I??
não sei porque, mas fiquei curioso sobre tal assunto... huhu
valeu palermo!! pode responder pro meu e-mail, se houver resposta é claro!! haaa
levi
É isso, Diego: a minoria que reclama é a que quebra o silêncio.
Mariana, é o chamado virus do cérebro. Tem um termo em inglês que define estas músicas que entram na cabeça e não saem mais. Mas o termo em ingês não chegou a entrar na minha cabeça.
Valeu, raquel. Quem sabe o proximo post não tenha link pra alguma borboletice?
Pois é, Mika. Às vezes, o Brasil se acha.
E vc, Levi. Na sexta eu te dou esta resposta, impressa na folha da prova.
E obrigado pela visita de todos.
Acho que não ficou nem um pouco obscura a mensagem de que "papai-mamãe" = comum, zona de conforto, marasmo.
O bom senso continua sendo a melhor das leis. E quem conhece e vive o bom senso são as pessoas que aceitam piadas, brincadeiras, sabem levar na esportiva. Não as que procuram chifres em cabeças de cavalo, nem as que levam tudo ao pé da letra (e são capazes de perguntar se letra tem pé).
A vida das tias solteiras canhotas e com caspa deve ser muito papai-mamãe.
;)
Abraço!
Caramba, pensei que esse tipo de atitude estava com os dias contados. Discussões fervorosas sobre o uso da sexualidade em propagandas, público gay em uma crescente vertiginosa e o mercado se nega a experimentar. Uma pena com toda certeza, tomara que consigamos atravessar a barreira acadêmica e levar essa idéia liberal para as ruas. Eu puxo a fila... Abraço Palermo.
p.s. se poder dar uma checada no meu blog, tem um txt novo. Uma opnião sempre é bem vinda.
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