11 julho 2010

As coincidências da vida.


Na semana passada, morreu Ezequiel Neves. O Zeca Jagger. Um célebre desconhecido para a geração 2.0. Mas um nome e uma alcunha que significam música e loucura para quem viveu pelo menos metade da vida irremediavelmente unplugged.

Ezequiel, para quem não sabe, era jornalista sem nunca ter sido. Feroz crítico de música, incansável produtor musical, alucinado amigo e mentor do Barão Vermelho e de Cazuza.

Você já deve ter ouvido falar de Cazuza. Já deve ter ouvido pelo menos uma das suas tantas músicas geniais. Cazuza marcou uma geração do rock nacional. Mais do que isso, marcou para sempre a música brasileira.

Semana passada, completou-se 20 anos desde a morte precoce, mas sempre perigosamente perseguida, de Cazuza. O poeta flertava com a morte, levando sua vida na mesma batida louca de suas canções. Exagerado, ele era mesmo exagerado.

E, por essas coincidências que insistem em nos visitar, o criador Ezequiel Neves morreu exatamente no mesmo dia em que todos lembravam os 20 anos da morte de sua mais genial criatura.

A foto de Cazuza está aqui na minha frente, debochadamente rindo de tudo isso.

A vida brinca com a gente.

1 comentário:

Anónimo disse...

"Vida louca vida, vida breve...
Já que não posso te levar, quero que você me leve."

Já não se fazem músicas como antigamente.

Belo post, belas palavras, Palermo!
Beijo