
Não me contive. O braço esquerdo continuou abraçando o velho lap top, mas o braço direito se moveu com carinho, envolvendo o bom e velho George Peixoto em um saudoso e sincero abraço. Para quem não conhece, o Peixoto é a propaganda catarinense em pessoa. Um “diretor de arte das antigas” como ele gostava de dizer. Mas um “das antigas” que se manteve criativo na Propague até bem pouco tempo. Acho que o Peixoto ficou lá até o início de 2008, por aí. Quando ele entrou na Propague? Há mais de 30 anos, bem mais. Acho que quase 40.
Conversamos bastante, lembramos de algumas figuras emblemáticas do nosso tempo de Propague. Também rimos bastante, protegidos da chuva pela marquise da loja. Foi bom saber que ele continua investindo seu talento em uma nova carreira, artista plástico. E já está pintando para uma nova exposição.
Se meu lap top estivesse funcionando, teria escrito este post lá mesmo, no calor da emoção. Irônico encontrar o Peixoto justamente quando eu estava com um lap top que não funcionava. Pra quem não sabe, o Peixoto manteve viva a arte de criar sem computador. Até seu último dia de agência ele criava seus belos layouts sem tocar no mouse. Rabiscava suas idéias em uma folha de papel, pensava, alterava, rafeava. E um assistente tratava de passar tudo aquilo para a tela do PC, mas sempre sob o olhar vigilante do Mestre.
Trabalhei apenas 2 anos com o Peixoto. Mas que representaram muito na minha vida. Profissional e pessoal. Foi tão bom reencontrar o Peixoto que fiz questão de repartir este prazer com você.