17 julho 2010

Uma crônica atrasada da Copa.


Esta Copa do Mundo fez lembrar a minha pré-adolescência. Turma reunida na esquina lá na Zona Norte de Porto Alegre, alguns calçando tênis barato, outros de pés descalços. Mas todos com um só pensamento e uma grande vontade: jogar futebol.

Naquela época ainda jogávamos no meio da rua, uma rua com paralelepípedos irregulares e recém colocados. Pode-se dizer que não era o piso ideal para uma bola rolar. Muito menos para solas de pés descalços.

Tínhamos disposição e jogadores em número suficiente para dois ou mais times. Mas nem sempre tínhamos a bola. E não éramos exigentes, qualquer bola servia. De couro muito gasto pelo constante atrito com as pedras, de borracha ou mesmo de plástico. Cheias ou furadas. Aquelas bolas coloridas de plásticos quando furavam ficavam ovais, e reagiam com desobediência aos nossos passes ou chutes. Mas não importava. Eram bolas. Necessárias e indispensáveis bolas.

O problema é que, de vez em quando, nem estas bolas velhas e furadas nós tínhamos. E sem bola, não adianta a vontade, não adianta a disposição, não adianta nem o talento. Sem bola não se consegue jogar futebol.

Talvez tenha sido esta a filosofia de jogo da seleção da Espanha, a campeã da Copa da África. Uma estratégia básica: ficar com a posse da bola o maior tempo possível. Trocar passes sem pressa, sem erros. Porque, sem a bola, o outro time não consegue jogar. Simples assim.

6 comentários:

Cris Cardoso disse...

Ótimo post. E o novo visual do blog também ficou muito bom. ;) Beijos, Cris Cardoso.

Diego LoKoW disse...

Fala Palermo, curti o novo template, e ainda mais o texto.

Muito bem observado, "sem a bola, o outro time não consegue jogar".

Abraços.

Anónimo disse...

Salve Palermo !
Parabéns ! Viramos seguidores...
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Ísis Melo disse...

Nossa, não achei que alguém ainda lesse meu blog, coitado, anda tão só, né! Gostei muito da visita e tem post novo lá.

Passo muito por aqui, apesar da pressa do dia a dia não me deixar comentar sempre. Posso cobrar mais posts tambéemm?? hahah

Anónimo disse...

Muito bom!
Principalmente a observação no final.

Beijos

RKT disse...

Ola Palermo!
Gostaria de saber se vc é o "Palermo" do famosso "Madrid". Acho que fui seu colega de escola (Souza Lobo e Dom João Becker). Se for, por favor dè um sinal de fumaça. Abs.
Norton do Carmo
nkproducer@gmail.com