30 junho 2009

Vc já leu uma entrevista com Deus?



Se você gosta de propaganda, não pode perder. Se você gosta de redação publicitária, não pode deixar de conferir. Se você gosta de textos inteligentes, não pode deixar de acessar. Amanhã, quarta, tem entrevista com Eugenio Mohallem no site criacaocatarinense.com.br

Quem é Eugenio Mohallem? Tudo o que desejo ser na minha próxima encarnação. Se existe justiça neste universo, todo redator deve ter oportunidade de ser Mohallem por um dia.

A Internet não pode esquecer as pessoas

A comunicação na Internet, tão jovem, já está sofrendo um sério risco. Um perigo que a própria propaganda já enfrenta há muitos anos.

Falo da autoalimentação, ou seja, buscar referências apenas nela mesmo. Explico: fala-se tanto em Orkuts, Twitters, Blogs, Flickers e outras mídias sociais, que se corre o risco de falar, falar e pouco fazer.

Este sempre foi o erro de muitos publicitários e suas agências convencionais. A propaganda alimentada pela propaganda. Comercial servindo de matéria-prima para comercial.

A Internet pode estar tomando este rumo. Estamos tão encantados com a web e suas possibilidades que podemos acabar esquecendo todo o resto.

É preciso ter muito claro e presente que a maior referência é a vida, são as pessoas. É preciso levantar os olhos e enxergar além do monitor.

Claro que é válida toda esta troca de informações e estudos sobre a Internet e suas ferramentas. Mas não perder de vista as pessoas é vital. Simples assim.


29 junho 2009

Duas profissões. Dois prazeres. Dois vícios. Um agradecimento.



Há cerca de 30 anos comecei uma profissão. Pisava pela primeira vez em uma agência de propaganda e assumia uma Olivetti Lettera 22 (tempos depois eu fazia um up grade para uma Lettera 35, minha parceira de muitos e muitos textos). Com meus 6 dedos datilógrafos, os outros até hoje teimam recusar o trabalho, comecei a redigir meus primeiros anúncios. E nunca mais parei.

Há cerca de 4 anos, talvez nem tanto, comecei outra profissão. Pisava pela primeira vez em uma sala de aula na condição de professor. Acho que suava mais do que na estréia como publicitário. Mas consegui terminar bem a aula. Lembro que dois ou três alunos vieram falar comigo: gostaram, "mas o professor não precisava estar tão nervoso".

Com o tempo, pouco tempo de lá até aqui, fui tentando aprimorar um estilo de ensinar e assimilar as técnicas do magistério. Aos poucos fui acertando a mão, tentando levar para a sala de aula um pouco da minha experiência profissional, aliada à teoria de bons autores.

Desde o primeiro dia da profissão de professor eu recomecei a estudar. E não parei mais. Hoje - tenho certeza - leio, estudo e aprendo muito mais do que nos tempos de aluno, que, aliás, não estão tão distante assim, visto ter terminado a graduação em 2005. Preparar uma aula é, simplesmente, aprender. E isso é bom demais. Verdadeiro vício.

Por que o assunto?

Na semana passada, eu soube que a Direção da Estácio de Sá SC fez um ranking de seus mais de 300 professores, de acordo com as 4 últimas avaliações semestrais feitas pelos alunos.
E neste ranking o meu nome aparece como o 2º professor melhor avaliado pelos alunos, entre todos os cursos.

Em 1º lugar, com toda a justiça, vem a professora Márcia Alves, com quem eu também aprendo sem parar.

Este destaque nesta recente profissão tem um sabor especial, bem melhor do que os prêmios publicitários já recebidos na minha "jurássica" carreira. Aqueles eram dados por jurados, na maioria das vezes, publicitários como eu. Assim como também já fui jurado e concedi vários prêmios.

Este ranking é diferente. Tem um sabor diferente. Foi definido por quem realmente interessa no processo: o aluno. Ou, como diríamos nós, publicitários, o famoso e importante público-alvo.

Assim, pra terminar este post, que já está longo demais, quero agradecer aos alunos, é claro. Vocês não imaginam como é bom vivenciar as aulas com vocês.

Ensinar é como criar um anúncio. Puro prazer. Maravilhoso vício. Simples assim.

25 junho 2009

Banca de TCC é o que é


Hoje às 21h foi a minha última banca de TCC lá na Estácio neste semestre. Revisando minha agenda, noto que foram 10 bancas em uma semana, sendo 5 delas dos meus orientandos: Carolina Barreto, Fernanda Porto, Heloisa Sprada, Ana Paula Martins e Daniel Souza.

Os assuntos foram variados: da campanha socioambiental da Coca- Cola ao posicionamento de evento-espetáculo do Super Bowl, passando pela campanha Adotar é Tudo de Bom da Pedigree, as estratégias ambientais da Osklen e as "personalidades" do Big Brother Brasil como lançadoras de modismos e modinhas.

Pela variedade de assuntos e temas, dá pra notar que orientar é um grande barato. A gente realmente aprende mais do que ensina. E a sensação de construir um trabalho de pesquisa com profundidade de análise com os alunos é a grande recompensa.

Aos meus orientandos, parabéns pelas monografias vitoriosas e obrigado pela oportunidade de estar com vcs neste momento tão importante.

Aos demais alunos, que me encontraram em suas bancas, também a homenagem e agradecimento pelo convite. Valeu mesmo.

Pós-aula é isso aí.

Saí da sala de aula há cerca de 2 horas. Ainda estou sob o efeito maravilhoso deste meu recente vício. Foi uma boa aula, espero que os alunos tenham a mesma opinião. Foi ali na Univali da Ilha. Cadeira de Linguagem Publicitária, e o assunto foi o texto publicitário e suas dimensões.

O ponto incial foi a ditadura da ideia visual na propaganda atual. Este conceito é meu: ditadura mesmo. Não que os anúncios visuais premiados de hoje em dia, e dignos de anuários, sejam ruins. Longe disso. A maioria é genial. O problema é criar um preconceito contra anúncio com texto. O problema é pegar o briefing e já começar a perseguir uma ideia "sem texto". Como se fosse antigo criar anúncio que tenha texto.

Digo, insisto, repito sempre que lembro - minha memória é ruim de verdade - e tenho vontade de afirmar em um longo texto: tem muito redator por aí que não sabe mais desenvolver um bom texto. De tanto criar "anúncios com ideias visuais" acaba atrofiando a maravilhosa vocação da escrita.

Sempre falo que se existe uma regra para a propaganda, esta é a lei do depende. Alguns clientes, alguns produtos, alguns públicos, fazem por merecer um bom texto. Longo ou não. Mas sempre um bom texto, é claro.

Hoje, falamos bastante sobre isso. Alguns alunos já estão no mercado publicitário e isso sempre rende uma boa discussão.

Mais adiante discutimos outro assunto polêmico: a propaganda manipula as pessoas?

Já são 00h15 de quinta. A manipulação, ou não, fica para um próximo post.

17 junho 2009

O redator não foi na filmagem?


Na segunda-feira foi lançado um comercial do novo Ford Fusion. Grande ideia, poderosa ideia. O filme utiliza a linha criativa que alguns chamam de "dar volta às coisas", ou seja, a história se encaminha para um final que, de repente, é alterado de maneira radical. O famoso final inesperado. Não vou contar a história aqui, vale a pena conferir no YouTube ou na TV mais perto de você.

O assunto do post não é a ideia genial. Mas o erro que o comercial traz. Hoje à tarde, fui alertado pelo @levipedroso. Fui conferir e não deu outra: o redator não deve ter acompanhando as filmagens.

Qual o erro? Preste atenção nos diálogos do comercial. Tem uma frase que é repetida: "onde você pretende estar daqui 5 anos?". Certamente o roteiro trazia a frase correta, com a expressão "daqui a 5 anos".

Como o erro passou? Quem já foi a um set de filmagem sabe o stress que rola, a repetição das cenas, onde é preciso monitorar de tudo. Do movimento da câmera ao reflexo no talher. E como a equipe tenta cuidar de tudo, às vezes escapa um detalhe. Neste caso, mais do que um detalhe. A grande frase do comercial foi falada de maneira errada pelos atores.

Será que ninguém percebeu? Bom aí, somente estando lá para saber. Lá na filmagem, ou na edição. Quem sabe se justamente a cena onde eles erraram a frase não tenha sido a melhor? A única "boa"?

Pena, porque a ideia é demais. E a trilha é maravilhosa, pontuando o comercial da maneira exata. Dando ritmo e estilo. Preste atenção.


15 junho 2009

Sobre Faustão, Pretinho Básico e a propaganda



Escutei hoje no Pretinho Básico – sim, além de tudo ainda arrumo tempo pra ouvir o PB de vez em quando – um assunto que há alguns dias eu pensei que daria um bom post. Aproveitando o gancho, vou ao assunto: o Programa do Faustão – sim, às vezes tb encontro tempo de conferir o que acontece na Globo.

Vamos lá: quem conheceu o Fausto Silva antes de virar o Faustão da Globo pode recordar comigo: o Perdidos na Noite que ele apresentava aos sábado da Band tinha uma linguagem meio anárquica para os padrões televisivos. Não só pelos palavrões ditos com a naturalidade de quem diz um bom dia ao porteiro, mas pela maneira descompromissada de levar o programa, suas entrevistas e seus assuntos.
Fausto Silva, com o seu Perdidos, era cult.

Até que surgiu a Globo e transformou Fausto Silva no Faustão das camisas terríveis de hoje. O pior é que a mutação não foi apenas no visual. A Globo transformou um talento inovador em um repetidor de fórmulas comportadas e consagradas. Fórmulas controláveis. E este é o ponto do post. A maneira como domesticaram o Fausto é a maneira como domesticam também a audiência. Domesticados são controláveis, previsíveis, não oferecem riscos.

Quer saber o susto que Fausto deu na sua estréia na Globo? Assista no YouTube o primeiro Faustão da Globo. Vc verá um cara que entra pela primeira vez no palco da Globo – ou do Brasil? - sem se preocupar com as câmeras, sem obedecer marcações de cena. Ele entra e passa direto pelas câmeras, que são obrigadas a enquadrá-lo de costas (um sacrilégio para o padrão Globo). E Fausto vai até o auditório, e libera seu palavreado pop e natural.

Mas Fausto virou Domingão. Será que se acomodou? Será que se entregou aos contratos milionários? Será que ele não lembra mais como ele era bom no que fazia?

Não quero generalizar, mas esta mudança do Fausto Silva tem tudo a ver com o jovem criativo que começa na agência. Chega cheio de gás e novas idéias. Quer conquistar Cannes, Londres e o mundo. Deseja inovar, descobrir novas e inusitadas maneiras de dizer a mesma coisa de sempre. E no começo até consegue. Mas logo, o padrão vigente acaba com ele. Ou, melhor, enfraquece. Vai minando e aniquilando aos poucos. Vai colocando uma pedra aqui, outra ali. Uma parede aqui, outra ali. E vai dificultando sua caminhada a Cannes ou Gramado.

Conversa pessimista? Nada disso. Apenas um aviso para os Faustos e Faustas que chegam às agências. Não deixem que transformem a suas carreiras em um Domingão do Faustão. Simples assim.

12 junho 2009

Um site da Criação Catarinense

Pra quem nunca acessou, vale a dica: Criação Catarinense. Um site feito por algumas das melhores e principais cabeças da nossa propaganda. Lá vc vai encontrar artigos, notícias, portfolios e até vagas para trabalhar. E, agora, a novidade: quem quiser se cadastrar pra receber os informativos do site é só mandar um email pra criacaocatarinense@gmail.com
Vale a pena.

08 junho 2009

A febre reality não é show


Reality Show, vale a pena lembrar, é um tipo de programa televisivo que se baseia na vida real.

A ideia é mostrar na telinha as agruras, ou não, das pessoas na chamada real life. Assim, temos programas dos mais variados tipos, aqui e lá fora. De programas headhunter, tipo O Aprendiz, até o trivial confinamento de um grupo de normais ou estrelas em uma casa supervigiada 24h por dia.

Quem já teve aula comigo durante as épocas de BBB, vai lembrar que sempre faço a brincadeira de comentar o paredão, ou o bafão, da semana. Não dá pra fugir do assunto que toma conta do Brasil midiático a cada verão.

Por que este post? Ontem resolvi conferir dois realities que estão no ar na TV aberta.

A Fazenda, na Record, reúne artistas (?) de quinta ou sexta categoria. Vale tudo: se vc é primo da tia do porteiro do amigo do Latino, tá dentro! Assisti ontem, baixaria total. Um tal de Theo discutindo com o Dado Dolabella. Mulher Samambaia chorando porque o vestido estava largo demais. BBB made in China.

Pra completar, resolvi conferir o estreante Jogo Duro (é este o nome?) na Globo. Não sei o que foi pior: a prova ridicula de procurar notas de dois reais entre cobras e lagartos, ou engolir o Vilheninha dando uma de sério.

Deveriam é colocar câmeras apontando para os telespectadores, pra pegar a nossa reação frente a esta reality da nossa TV.

Sofrível. Simples, e triste, assim.

06 junho 2009

Balanço do T.I. na Estácio



Passado o tsunami T.I., vale a pena fazer um balanço das minhas bancas. Não, não vou escrever com o criativo estilo literário do prof. Diego, ainda não viu, darling?”. Vou ser mais direto, mais simples, mais sem graça. Paciência, vamos lá:

Banca da 1ª Fase: a turma me surpreendeu. Em um determinado momento do semestre tinha a impressão de que não sairia nada de bom. Cheguei a dar esporro geral em aula, papo sério e pesado. Chegou a hora da banca e não é que a turma se revelou? Primeira fase com pegada publicitária nas peças. O briefing era criar uma campanha estimulando a adoção de animais de rua. Cada grupo pegou um caminho. E teve campanhas com um leve humor, campanhas com caricaturas muito engraçadas, teve abordagem mais emotiva, linha séria. Ficamos impressionados.

Bancas da 2ª Fase: quem leu o blog do Diego já sabe. A segunda fase deu show de criatividade. O briefing era resolver a transição da marca All Star para Converse. O resultado bem que poderia ser visto na mídia. Várias campanhas merecem ser veiculadas de verdade. Impressionante mesmo, tanto que o pessoal lá da Estácio Rio, que estava em Floripa, assistiu a banca da noite, leu os trabalhos da manhã, e saiu dizendo que as oitavas fases deles não chegam nem perto. Textos publicitários mesmo, layouts maravilhosos. Pelo que a segunda fase apresentou, o nível da propaganda catarinense vai melhorar daqui a pouco tempo. Bem pouco.

Bancas da 3ª fase: eles tinham um problema nas mãos. Conseguir dinheiro para o projeto Tamar. E foram à luta com talento e disposição. Muitas soluções de mkt ambiental, todas divulgadas por campanhas criativas e inusitadas. De novo: algumas campanhas mereciam estar na mídia. Foram criados personagens, criados selos de certificação, histórias em quadrinhos, ilustrações, fotos, textos. Tudo de uma criatividade incrível. Sempre achei que o TI da terceira fase é o mais difícil e complicado, porque traz um problema de mkt para ser resolvido. Em compensação, as soluções encontradas enchem os olhos da gente.

Bancas da 5ª fase: foi incrível também. Se o marketing da Marisol estivesse presente nas bancas, teriam assinado vários cheques. A turma conseguiu resolver um grande problema da marca, que é a comunicação com crianças de 5 a 10 anos. E resolveu de várias maneiras diferentes. Todas criativas. Demais, até. Teve realidade aumentada em anúncios e nas vitrines, teve anjos e suas asas mágicas, teve grafites, mundo dos sonhos, rock e globais. O que não faltou foi criatividade nos textos e na direção de arte.

Hoje, sábado, os professores se reuniram e decidiram, por votação, os prêmios de criatividade. Foi bem difícil. Acho que nunca tivemos tantas campanhas merecendo ouros e Grand Prix. Os resultados serão divulgados, em grande estilo, na Festa do dia 19, no Floripa Music Hall. Um palco à altura de tantos talentos.

Este post já está maior do que deveria, por isso paro por aqui. Foram 492 palavras escritas, mas faltou uma: PARABÉNS!


04 junho 2009

03 junho 2009

Dica: curso de fotografia na Guarda do Embaú


O Plinio Bordin e o Markito, dois fotógrafos do nosso mercado publicitário, estão promovendo um Curso de Fotografia Básica Digital, dias 20 e 21 de junho.

Até aí, nada demais. O legal é que o curso acontecerá na Praia da Guarda, e a inscrição dá direito à hospedagem na Pousada do Plínio (com café da manhã incluído).

É um curso básico, pra iniciantes da fotografia digital e fotógrafos amadores.

A paisagem e a bagagem profissional dos professores-fotógrafos garantem a qualidade do curso.

Para onde vc apontar a câmera terá um visual especial, esperando para ser clicado.

Vale a pena se informar melhor pelo p.bordin@terra.combr